Por causa do trabalho, virei as últimas madrugadas esquentando o banco do Aeroporto. Experiência essa, que me fez pensar estar em um filme (mais uma vez, lá vamos nós...) por diversas vezes (a-mocinha-do-roteiro-que-espera-algo-ou-alguém-no-bando-do-aeroporto-e-a-tudo-observa), observando o entra-e-sai de gente. Meio deprimente, sabe.
Cachorro latindo, abraços intermináveis, criança chorando, beijo na boca, gritinhos de euforia e apertos de mão.Não tem como não escancarar um sorriso vendo tudo isso à sua frente, acontecendo, ao mesmo tempo. Você se sente feliz vendo a felicidade de um monte de gente que você nunca viu na vida e provavelmente não vá ver de novo.
Cada um ali vai ter uma história diferente pra contar de onde veio, e vai viver uma história onde vai.
Cada um com seus problemas, suas soluções, seus motivos pra estar indo ou vindo. Corpos com excesso de bagagem dentro da mala e dentro do peito.
E você, sentada ali, vendo tudo acontecer e crente que é só expectadora, vai se dar conta que faz parte daquele contexto só quando ouve “ei, moça, com licença...preciso passar com o carrinho”.
O mundo e o tempo passa e se a gente não despertar, não se dá conta.
E os carrinhos vão, e vêm...
#lembrete: nunca, em hipótese nenhuma, esquecer de ter um livro na bolsa. agora, se torna tão necessário quanto levar a carteira.
3 comentários:
acho interessante demais observar as pessoas.
mas sem dúvida estar com o livro é bem válido! hehe
na maioria das vezes pessoas normais me cansam rápido.
:D
Assisti um filme uma vez com o Josep que termina com uma cena de aeroporto, todo mundo se abraçando e tal.
Ele me disse que foi uma das cenas mais bonitas que ele já viu, porque acha esse calor dos aeroportos a sensação mais agradável que um ser humano por sentir, cheio de alegria, saudades e reencontros.
Eu achei gay, mas tudo bem.
'há mais solidão no aeroporto do que em quartos de hoteis baratos'
na minha viagem pro rio eu fiz uma baita duma conexão em bsb e em sp. Acho que eu nunca me senti tão só.É estranho.
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