Coronel Franklin - Tataravô - inglês, veio para o Brasil com os pais, início da exploração seringueira no Brasil. Casou com uma índia (Maria Teresa - que já tinha 2 filhos e era viúva, pois os brancos haviam assassinado seu marido que também era índio - em uma batalha). Ela 3 filhos com ela, um deles chamado Benjamin.
Já trabalhando para a Companhia Ferroviária Brasileira, Coronel Franklin e a família mudam-se para uma pequena cidade do interior do Ceará, onde Benjamin, rapazote, vê uma moça e fica fascinado. Esther era o nome dela. Assim, ele tornou-se devoto da esposa. O casal têm 12 filhos, mas Esther não viu a metade deles crescer: faleceu aos 43 anos. Sozinho, Benjamin cuida de seus filhos com a ajuda de suas cunhadas, porém, ao perder Esther, perde a voz.
6 dos 12 filhos vão morar em Fotaleza, afinal, na capital era mais fácil estudar e trabalhar. Joary Franklin era um deles. Falante, galanteador e sempre muito bem arrumado, Joary ainda gostava de cantar, e foi cantando "As Rosas Não Falam" que Terezinha, moça estudada e de tornozelos bem feitos, deixou-se namorar pelo cantor. Joary chegou a gravar um disco, sabe.
Então é 1949. Tereza deu à luz à Joary Júnior (definitavemte, a cara do pai) e à Maria Helena (cabelos negros e lisos, de traços indígenas), e em 11 de setembro de 1949, Benjamin Franklin Neto vem ao mundo.
Pois bem. O casal, mais uma vez levando o nome dos Franklin, muda-se para Teresina, onde Terezinha cuida dos 3 filhos praticamente sozinha ( 1 dos filhos, Joary Júnior, fica em Fortaleza, sendo criado pela madrinha, irmã de Joary e cunhada de Tereza), o marido viaja demais a a trabalho.
1983. Benjamin conhece uma moça que trabalha com o seu irmão mais novo, Jackson, no Banco Bradesco. Gilma Maria Fortes Monte, olhos azuis, pele branca, sorrisão, gargalhada gostosa; que seu inverso, olhos negros e pequenos, pele cor de chocolate, meio tímido, mas de uma simpatia única.
Mais um matrimônio.
e aí em 1987, pof!
Nasce a 1ª dos 4 filhos do casal. Uns dizem que ela parece mais com a mãe (ela, na infânia, costumava perguntar à mãe o que ela queria em troca dos olhos. queria ter os olhos claros. "mãe, se eu te der minha boneca tu me dá teus olhos, dá?) e outros, que parece mais com o pai (as sobrancelhas indicam todas as emoções).
21 anos se passaram, mas a história fica.
é contando e vivendo que a humanidade crê no futuro.
e a menina que queria os olhos da mãe também.

* Tomar café com a vó (Teresa) é ver um filme.
3 comentários:
só pra dizer que tua mãe é coisa mais linda mesmo, e tu é a cara dela.
ô família linda!
linda linda história.
Adoro ver filmes.
Meu avô é exímio nesses assuntos.
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