
“Só porque não é mais, não significa que não é amor.”
Vi essa frase ser dita em um programa (que nem me recordo agora o nome, já que o meu estado de sonolência não deixava). E ela chegou em um momento bem bom. (Logo depois, houve a explicação mais acentuada: “O que passou foi bom, e só porque passou, não significa que não foi importante. Se não há mais amor hoje, por ter certeza que foi transferido pra algo/alguém. Ele não morreu”, disse a psicóloga presente no programa aí-de-cima-que-não-lembro-o-nome).
Até alguns anos atrás, acreditava que amizade era coisa volátil. Durava enquanto a atividade que ligava você ao outro durasse (enquanto vocês estudassem juntos, jogasse futebol, freqüentassem o mesmo clube, etc etc etc). Assim,a vida ia seguindo, mas o coração carente sempre clamava por alguma coisa concreta (morria de inveja do namorado da época, cujos vizinhos eram os melhores amigos, e toda noite encontravam-se, tarde ou cedo, de um jeito ou de outro).
Até que, em uma certa etapa da minha vida, me vi (e ouvi) enchendo a boca para dizer que tinha melhores amigas. Achava magnífico falar o nome todas e descrever o jeito de cada uma. Orgulhinho, sabe? E a certeza de que aquilo nunca ia acabar? Nossa, era felicidade demais!
Mas o tempo, cruel e avassalador como sempre, trouxe muita coisa, mas também levou várias. Levou a segurança de saber que, se um dia parar no hospital, aquela listinha mental de “quem vem me visitar” vai permanecer (e eu canto essa pedra há tempos). Levou a confiança do repasse de uma informação (vive-se e ama-se; ou ama-se e vive-se?). Levou a vontade do encontro. Levou a paciência das conversas. Levou o cuidado, o zelo, a atenção, a torcida, a cumplicidade, respostas de sms, jeito de tratar via email. Até o ciúme já foi-se.
Passou. É fato, e se alguém me disser que há como remediar, eu só peço que me diga logo (porque já tentei tanto...).
Só sei que dói. Dói por demais . Digito a droga desse texto marejando os olhos d’água.
Mas, “só porque não é mais, não significa que não é amor.” Então me agarro na felicidade de ter vivido esse amor e na tranqüilidade de ter tentado até o cansaço me bater.
Será que já bateu de vez?
2 comentários:
eu to me apegando no clichê de 'que tudo passaaaaaaaaaaa'
às vezes ele faz um puta sentido
a gente q nao se dá conta
beijooo
A vida segue sempre
Passei aqui lendo. Vim lhe desejar um Tempo Agradável, Harmonioso e com Sabedoria. Nenhuma pessoa indicou-me ou chamou-me aqui. Gostei do que vi e li. Por isso, estou lhe convidando a visitar o meu blog. Muito Simplório por sinal. Mas, dinâmico e autêntico. E se possivel, seguirmos juntos por eles. Estarei lá, muito grato esperando por você. Se tiveres tuiter, e desejar, é só deixar que agente segue.
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